21. Filosofia Medieval



Em geral, considera-se que o período medieval da filosofia ocidental durou do fim da Antiguidade Clássica (século V) até o começo do Renascimento (século XV). Em contraste com os precários registros de outras disciplinas durante a Idade Média, a filosofia desse período foi extremamente rica e abrange um bom número de figuras eminentes. O Primeiro grande filósofo medieval foi santo Agostinho (354-430), que tentou conciliar a filosofia de Platão com o cristianismo. Agostinho teve importante influencia não só nos ensinamentos da Igreja, mas também na filosofia e na cultura ocidental como um todo.

Outra figura medieval de relevo foi Boécio (480-525), mais conhecido pelo livro A consolação da filosofia. No entanto, suas contribuições mais importantes para a filosofia foram as traduções de obras de filósofos gregos para o latim. Boécio foi um dos últimos europeus ocidentais a conhecer o grego, e, após sua morte, o conhecimento da língua desapareceu da cultura europeia durante séculos.

O Primeiro período medieval terminou com duas figuras importantes: santo Anselmo de Cantuária (1033-1109) e Pedro Abelardo (1079-1142). Santo Anselmo é mais conhecido por ter formulado o primeiro argumento analítico ou “ontológico” da existência de Deus, em seu livro Proslogion. Aberlado, além de ter sido uma figura importante na história da lógica e da semântica, é mais famoso por ter se apaixonado por sua aluna Heloísa, com quem teve um filho e trocou uma célebre correspondência, que constituiria um primeiro e tocante exemplo de amor romântico ideal.

A filosofia do último período medieval tem um caráter muito diferente, em parte devido à redescoberta, no século XIII, de textos gregos antigos, especialmente os de Aristóteles. A obra dos principais filósofos desse período são: Tomás de Aquino (1225-1274), John Duns Scotus (1265-1308) e William de Ockham (1284-1347), foi fortemente influenciada por Aristóteles e cada um deles produziu importantes comentários sobre obras aristotélicas individuais.

Ockham é mais conhecido pelo princípio que leva seu nome, “navalha de Ockham”, que geralmente se entende que afirma que sempre se deve preferir a teoria mais simples, ou que a teoria deve ser tão simples quanto possível.

Entretanto, o mais importante dos três foi Tomas de Aquino, que sintetizou a filosofia aristotélica e a teologia cristã em um grande sistema filosófico e teológico. Desde então Tomas de Aquino tem exercido um grande, se não decisiva, influência no pensamento católico.





Filosofia Medieval

Filosofia Medieval

Filosofia Medieval




 Filosofia Medieval