51. Guerra Fria



A Guerra Fria é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial em 1945 e a extinção da União Soviética em 1991, um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.

A Guerra Fria foi também uma disputa entre o capitalismo, que patrocinou regimes ditatoriais na América Latina, representado pelos Estados Unidos, e o socialismo totalitário expansionista, onde fora suprimida a propriedade privada, defendido pela União Soviética e China. Entretanto, esta caracterização só pode ser considerada para o período do imediato pós-Segunda Guerra Mundial, até a década de 50. Logo após, nos anos 60, o bloco socialista se dividiu e durante as décadas de 70 e 80, a China comunista se aliou aos Estados Unidos na disputa contra a União Soviética.

É chamada fria porque não houve uma guerra direta entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear. A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se na década de 60 até à década de 70.

Dada a impossibilidade da resolução do confronto no plano estratégico, pela via tradicional da guerra aberta e direta que envolveria um confronto nuclear; as duas superpotências passaram a disputar poder de influência política, econômica e ideológica em todo o mundo. Este processo se caracterizou pelo envolvimento dos Estados Unidos e União Soviética em diversas guerras regionais, onde cada potência apoiava um dos lados em guerra. Estados Unidos e União Soviética não apenas financiavam lados opostos no confronto, disputando influência político-ideológica, mas também para mostrar o seu poder de fogo e reforçar as alianças regionais.

A Guerra da Coreia (1950-1953) e a Guerra do Vietnã (1962-1975) são os conflitos mais famosos da Guerra Fria. Além da famosa tensão na Crise dos mísseis em Cuba (1962) e, também na América do Sul, a Guerra das Malvinas (1982).

Em 1991 as superpotências concordam em eliminar todos os mísseis táticos terrestres armados com ogivas nucleares táticas que havia na Europa e na Península Coreana colocando um marco definitivo do fim da Guerra Fria.





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